Observações na CNV: 4 Características
No cerne da CNV estão as observações, que são uma parte fundamental do processo das 4 etapas da comunicação não violenta. As observações na CNV possuem características específicas que as tornam valiosas e eficazes na criação de conexões autênticas e significativas com os outros. Neste artigo, exploraremos quatro características das observações na CNV: elas não fazem previsões, são específicas em relação a quem se referem, não contêm rótulos e não avaliam ou qualificam.
- Não fazem previsões
As observações na CNV são baseadas em fatos concretos e imediatos, sem fazer suposições ou previsões sobre o futuro. Em vez de dizer “Você sempre faz isso” ou “Isso nunca dá certo”, as observações na CNV se baseiam no que é diretamente observável no momento presente. Por exemplo, em vez de dizer “Você nunca me ajuda em casa”, uma observação na CNV seria “Eu percebi que hoje você não ajudou com as tarefas domésticas”. Essa abordagem evita generalizações e ajuda a manter a comunicação focada na realidade atual, o que pode reduzir a defensividade e abrir espaço para uma compreensão mais profunda.
- São específicas em relação a quem se referem
As observações na CNV são específicas em relação a quem se referem, evitando generalizações amplas ou ataques pessoais. Em vez de usar expressões como “As pessoas sempre…” ou “Você nunca…”, as observações na CNV são descritivas e se referem a comportamentos ou situações específicas. Por exemplo, em vez de dizer “As pessoas não se importam com o meio ambiente”, uma observação na CNV seria “Notei que meus vizinhos jogaram lixo no chão do parque hoje”. Essa abordagem permite que as pessoas se expressem sem culpar ou julgar, promovendo uma comunicação mais empática e aberta.
- Não contêm rótulos
As observações na CNV evitam o uso de rótulos ou julgamentos de valor, que podem ser prejudiciais à comunicação e à conexão com os outros. Em vez de rotular alguém como “preguiçoso”, “egoísta” ou “incompetente”, as observações na CNV se limitam a descrever o que é observável sem atribuir características pessoais ou fazer avaliações negativas. Por exemplo, em vez de dizer “Você é tão egoísta por não me ajudar”, uma observação na CNV seria “Eu percebi que você não me ajudou com essa tarefa”. Essa abordagem ajuda a evitar conflitos desnecessários e a criar um espaço seguro para uma comunicação mais genuína e respeitosa.
- Não avalia ou qualifica
As observações na CNV não têm a intenção de avaliar ou qualificar as ações ou comportamentos de outras pessoas. Em vez de emitir julgamentos ou críticas, as observações na CNV se concentram em descrever objetivamente o que foi observado, sem atribuir valor ou qualidade. Por exemplo, em vez de dizer “Isso foi errado”, uma observação na CNV seria “Eu notei que foi feito de uma forma diferente do combinado”. Essa abordagem ajuda a evitar o sentimento de defesa e abre espaço para uma comunicação mais construtiva e colaborativa.
Como parceira na disseminação da CNV, a CNV em Rede é uma empresa comprometida em ensinar essas características das observações para todas as pessoas. Através de treinamentos e workshops, a CNV em Rede capacita os indivíduos a desenvolverem habilidades de comunicação autêntica, empática e não violenta, permitindo que se conectem de forma mais profunda e significativa com os outros.
Em conclusão, as observações na CNV são uma parte essencial dessa abordagem de comunicação, e suas características distintas, como não fazer previsões, serem específicas em relação a quem se referem, não conterem rótulos e não avaliarem ou qualificarem, tornam-nas uma ferramenta valiosa para criar conexões autênticas e compassivas com os outros. Ao praticar a CNV e suas observações conscientes, podemos construir relacionamentos mais saudáveis, respeitosos e enriquecedores em todos os aspectos de nossas vidas. Vejamos com mais profundidade cada uma das características da CNV:
1. Não fazem previsões

A Comunicação Não Violenta (CNV) é uma abordagem de comunicação empática e compassiva que busca criar conexões autênticas e respeitosas com os outros. Uma das características essenciais das observações na CNV é que elas não fazem previsões. Em vez de supor ou especular sobre as intenções ou motivações dos outros, a CNV prioriza a observação objetiva e imparcial dos fatos.
Ao evitar fazer previsões, a CNV promove uma comunicação mais clara e precisa. Em vez de presumir o que o outro está pensando ou sentindo, a CNV incentiva as pessoas a descreverem o que estão observando de forma objetiva, sem interpretações ou suposições. Isso ajuda a evitar mal-entendidos e conflitos decorrentes de suposições errôneas.
Por exemplo, em uma situação de conflito, em vez de dizer “Você sempre age de forma egoísta”, uma observação na CNV seria “Eu notei que você não compartilhou seu lanche comigo hoje”. Essa abordagem baseada em observações concretas permite que as pessoas expressem suas necessidades e sentimentos de maneira mais clara e objetiva, abrindo espaço para uma comunicação mais autêntica e empática.
Além disso, a não previsão na CNV ajuda a evitar a atribuição de intenções negativas aos outros. Ao fazer previsões, muitas vezes assumimos erroneamente as intenções negativas das pessoas, o que pode levar a julgamentos precipitados e a escalada de conflitos. A CNV, por sua vez, incentiva a prática da observação imparcial, permitindo que as pessoas se expressem sem atribuir intenções ou motivações aos outros.
Ao utilizar a CNV e suas observações conscientes que não fazem previsões, é possível criar um espaço de comunicação mais seguro e respeitoso. Isso possibilita o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis, baseados na empatia, compreensão e conexão genuína com os outros.
2. São específicas em relação a quem se referem

Uma das características essenciais das observações na CNV é que elas são específicas em relação a quem se referem, ou seja, direcionadas de forma objetiva e assertiva para a pessoa ou situação em questão.
A CNV enfatiza a importância de expressar nossas observações de forma específica, evitando generalizações ou ambiguidades. Isso significa descrever concretamente o que estamos observando, sem usar termos vagos, genéricos ou abstratos. Essa clareza na expressão de nossas observações é fundamental para uma comunicação mais precisa e efetiva.
Por exemplo, em vez de dizer “Você sempre me ignora”, uma observação específica na CNV seria “Eu notei que nas últimas duas vezes que nos encontramos, você não respondeu às minhas mensagens”. Essa abordagem direcionada e específica permite que a pessoa compreenda claramente a situação em questão e abre espaço para uma comunicação mais objetiva e construtiva.
Ao ser específico em relação a quem se referem nossas observações, evitamos generalizações e estereotipagens, o que pode levar a interpretações equivocadas e conflitos. A CNV nos convida a observar as situações com atenção plena, descrevendo os fatos de forma precisa, sem julgamentos ou suposições.
Além disso, a especificidade na CNV também nos ajuda a assumir a responsabilidade por nossos próprios sentimentos e necessidades. Ao expressar observações específicas, estamos focando no impacto que uma situação tem em nós, em vez de apontar o dedo para os outros. Isso promove uma comunicação mais autêntica e responsável, facilitando a compreensão e a conexão com os outros.
Portanto, a especificidade nas observações é uma característica essencial da CNV, que promove uma comunicação mais clara, precisa e responsável. Ao expressar nossas observações de forma direcionada e objetiva, evitamos generalizações e ambiguidades, facilitando a compreensão mútua e a construção de relacionamentos saudáveis e empáticos.
3. Não contém rótulos

A Comunicação Não Violenta (CNV) é uma abordagem de comunicação que valoriza a empatia, a compreensão e a conexão com os outros. Uma das características-chave da CNV é a não utilização de rótulos ou julgamentos nas observações que fazemos sobre os outros ou sobre situações.
Na CNV, reconhecemos que os rótulos são uma forma de julgamento e podem levar a interpretações equivocadas, mal-entendidos e conflitos. Ao rotular as pessoas, suas ações ou comportamentos, estamos colocando-as em caixas estereotipadas, limitando a compreensão e a empatia em nossa comunicação.
Por exemplo, em vez de dizer “Ele é um mentiroso”, na CNV, poderíamos expressar de forma mais observacional, como “Eu notei que ele disse algo diferente do que foi acordado anteriormente”. Essa abordagem observacional evita o rótulo de “mentiroso” e permite uma comunicação mais precisa e objetiva sobre o comportamento específico que foi observado.
Ao evitar rótulos, estamos abrindo espaço para uma comunicação mais genuína e empática. Reconhecemos que as pessoas são seres complexos e multifacetados, e que rotulá-las pode reduzi-las a estereótipos simplificados. A CNV nos convida a olhar para além dos rótulos e a buscar uma compreensão mais profunda das necessidades e sentimentos subjacentes das pessoas envolvidas na comunicação.
Além disso, a CNV também nos convida a evitar rótulos negativos em relação a nós mesmos. Muitas vezes, podemos nos rotular de forma negativa, criando autoimagem negativa e limitando nossa capacidade de se expressar de forma autêntica. A CNV nos encoraja a sermos gentis e compassivos conosco mesmos, reconhecendo que somos seres humanos em constante aprendizado e crescimento.
Ao não usar rótulos na comunicação, estamos promovendo uma cultura de respeito, empatia e compreensão mútua. Estamos abrindo espaço para um diálogo mais aberto e honesto, onde as pessoas se sentem ouvidas, valorizadas e compreendidas.
Logo, evitar rótulos é uma característica fundamental da CNV, que promove uma comunicação mais empática, precisa e respeitosa. Ao se expressar de forma observacional e evitar rótulos ou julgamentos, estamos abrindo espaço para uma comunicação mais autêntica, compreensiva e construtiva.
4. Não avalia ou qualifica

Uma das características essenciais da CNV é evitar julgamentos e qualificações ao se expressar e ao ouvir os outros.
Na CNV, reconhecemos que avaliar ou qualificar os outros pode criar barreiras na comunicação e prejudicar a qualidade dos relacionamentos. Ao fazer julgamentos, estamos colocando nossa perspectiva como superior e avaliando o comportamento ou a pessoa em questão. Isso pode levar a mal-entendidos, defensividade e até mesmo conflitos.
A CNV nos convida a praticar a aceitação incondicional, ou seja, aceitar os outros como eles são, sem avaliar ou qualificar seu valor ou comportamento. Isso não significa que precisamos concordar com tudo o que os outros dizem ou fazem, mas sim que podemos expressar nossas necessidades e sentimentos sem fazer julgamentos sobre os outros.
Por exemplo, em vez de dizer “Você está errado”, na CNV, poderíamos expressar de forma mais observacional e não avaliativa, como “Você está fazendo isso de uma forma diferente da que eu faço”. Essa abordagem permite uma comunicação mais aberta e respeitosa, sem colocar a outra pessoa na defensiva ou desqualificar suas opiniões.
Além disso, na CNV também evitamos nos avaliar ou nos qualificar de forma negativa. Muitas vezes, podemos cair na armadilha de nos julgar duramente, criando uma imagem negativa de nós mesmos e limitando nossa autoestima. A CNV nos convida a sermos compassivos conosco mesmos, reconhecendo que todos cometemos erros e estamos em constante aprendizado.
Ao evitar avaliações e qualificações na comunicação, estamos promovendo uma cultura de respeito, aceitação e compreensão mútua. Estamos criando um espaço seguro para a expressão autêntica e aberta, onde as pessoas se sentem valorizadas e aceitas como são.
Consequentemente, a CNV nos ensina a evitar julgamentos e qualificações na comunicação, promovendo a aceitação incondicional e construindo relacionamentos mais saudáveis e empáticos. Ao praticar a não avaliação ou qualificação, estamos cultivando uma comunicação mais respeitosa, compassiva e autêntica, que contribui para uma melhor compreensão e conexão entre as pessoas.
Livro Guia prático de CNV – Comunicação Não Violenta para crianças e adultos
O Guia Prático de CNV – Comunicação Não Violenta para Crianças e Adultos é um livro escrito por Neila Vasconcelos e Bruno Goulart de Oliveira, que contém ensinamentos ilustrados sobre a Comunicação Não Violenta (CNV) em passos simples, com exemplos de aplicação para situações do dia a dia. O livro é voltado para toda a família e apresenta dicas e exemplos práticos de CNV, sendo indicado para pessoas de todas as idades.
O livro aborda as quatro etapas da CNV: Observação, Sentimento, Necessidade e Pedido, e ensina habilidades importantes, como fazer autoempatia, dar empatia, perdoar, entender limites, dizer e escutar “não”, expressar e receber gratidão. Além disso, o livro também explora o que é e o que não é CNV, diferenças entre a CNV e outras abordagens similares, dificuldades da prática da CNV e exemplos do que não é CNV.
O objetivo do livro é orientar crianças e adultos na prática da Comunicação Não Violenta, auxiliar no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, incentivar a vivência da empatia e cooperação nas relações, ajudar a resolver conflitos e cultivar relações mais saudáveis, e ensinar a lidar com conversas difíceis sem desrespeitar ninguém.
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