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Apresentação:

Considerando-se a conjuntura atual, com atenção especial à vida universitária, se percebe a forte tensão vivida pelos jovens quanto ao viver acadêmico e inseguranças para com o futuro. Segundo o Professor Marcelo Tavares, fundador e coordenador do Núcleo de Intervenção em Crise e Prevenção do Suicídio na UnB, “certamente a universidade não é um ambiente emocional seguro” [1]. Segundo ele, os estudantes estão expostos a “violências” do fazer acadêmico, com exigências tais como aulas remotas e carga horária inadequada que impedem que o estudante concilie atividades de cuidado com a saúde, com o risco de não entregarem uma atividade, por exemplo. Ele se vê então, tomando a escolha de sacrificar sua saúde, o que é recompensado pelas autoridades [2]. O estudante ainda está exposto a todas as outras violências, às quais já somos submetidos independentemente da vida universitária [3, 4].

 A proposta do Evento Saúde Mental para Agir surge então como um chamamento a toda comunidade universitária para trabalharmos na promoção da saúde e do desenvolvimento universitários, com o trabalho em rede e o fortalecimento interior para assegurarmos o respeito aos direitos humanos e o bem-estar coletivo nas nossas ações.

 O objetivo é iniciar um movimento de cultura de valorização da vida na universidade para que os seus membros tenham suporte da rede nas suas atividades de transformação social e universitária, e façam ações de interesse comum entre eles. Esse movimento será inaugurado com o evento Saúde Mental para Agir, que contará com dinâmicas para manutenção e desenvolvimento dos vínculos e da saúde mental, seguidos da investigação de potencialidades e partilha de caminhos possíveis para atuação nas lutas, para que consigamos fazer as transformações que queremos no mundo conectados aos valores humanos. Além disso, o evento contará com palestras, a apreciação do instrumento da ANPG para mapear as violências e o sofrimento mental nas universidades, e o lançamento da Rede para Humanização das IES (RHIES).

Mais informações sobre as palestras

As palestras ao vivo serão transmitidas pelo YouTube da ANPG. Você poderá acompanhar ao vivo as palestras e fazer pergunta pelo chat. Nossa equipe repassará as perguntas aos apresentadores. Cada apresentação terá duração média de 1 hora. Se o palestrante não tiver disponibilidade de apresentar ao vivo, será exibida uma gravação de sua apresentação no horário combinado. A seguir, você encontra mais informações sobre as palestras:

  • Sofrimento Mental dos Pós-Graduandos. Dia 23/09, às 15h, por Helena Augusta.
    • + Lançamento do Questionário da ANPG para mapear as violências e sofrimento mental dos pós-graduandos, para apreciação;
    • + Lançamento da Rede para. Humanização das IES (RHIES)
  • A Educação feita na Cidadania: Comunidade de Aprendizagem. Dia 24/09, às 9h30, por José Pacheco.
    1. Sucesso e fracasso da educação;
    2. Formação de professores e o rompimento do ciclo que perpetua uma educação que não serve ao povo;
    3. Princípios humanizantes na comunidade de aprendizagem;
    4. Comunidade de aprendizagem na prática: histórias que trazem exemplos de educação humanizante e melhorias na comunidade.
  • Educação Alinhada aos Valores Humanos. Dia 24/09, às 18h30, por Bruno Goulart de Oliveira.
    1. Importância do suporte para o desenvolvimento humano – físico, afetivo e mental;
    2. Necessidade de pertencimento, conexão e liberdade;
    3. Necessidade de contribuição e sentido da vida;
    4. Paradigmas da “educação violenta” vs da educação cidadã;
    5. Educação que colabora para manutenção da estrutura social atual vs educação para a cooperação e transformação social.
  • Saúde Mental e inclusão. Dia 25/09, às 15h, por Deise Oliveira.
    1. Saúde mental, valorização da diversidade e inclusão.
  • Justiça Restaurativa e o combate de violências diretas, estruturais e culturais. Dia 25/09, às 18h30, por Cléo Garcia.
    1. Justiça retributiva vs justiça restaurativa. Processo pedagógico de transformação social;
    2. Justiça restaurativa no contexto acadêmico.
  • Transformação cultural a partir dos conflitos. Dia 26/09, às 15h, por Flávia Beleza.
    1. Mediação: história, e conjuntura atual;
    2. Sua aplicação no contexto escolar/acadêmico: resultados esperados e experiências em escolas;
    3. Violências de gênero, racismo, sexismo e desigualdade social.
  • Culpabilização dos jovens pelo seu sofrimento mental. Dia 26/09, às 18h30, por Lucy Duró Matos Andrade Silva
    1. Pressão social, violência estrutural e cultural que geram sofrimento mental;
    2. Medicalização e uso de fármacos entre estudantes.

Assista o Evento aqui:

 

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